sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Calvície: problema para homens e mulheres

Existem homens que começam a desenvolver a calvície aos 17 anos, uma maior parte - cerca de 80% - entre os 24 e 26 e uma minoria a partir dos 30. Hoje, no Brasil, há cerca de 40 milhões de homens com esse problema.

De acordo com Valcinir Bedin , tricologista (especialista em cabelos) e presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo, a calvície (alopecia genética) não se caracteriza apenas como uma simples queda dos cabelos. "Acontece a diminuição do tamanho dos fios, dando a impressão de rarefação."

"A calvície tem um componente genético muito grande", explica o especialista. "Assim, o indivíduo que tem o pai e o avô calvo pode começar a perder os cabelos entre 20 e 40 anos. Mas 15% dos calvos começam a ficar dessa forma antes dos 18", afirma Bedin.

Quem estiver com receio de estar sofrendo desse mal deve procurar um profissional. O diagnóstico é clínico e laboratorial. "A parte clínica é feita examinando-se o couro cabeludo e a distribuição dos cabelos", diz Bedin. "O indivíduo calvo tem um padrão de distribuição dos fios que faz um desenho específico, formando as entradas e a área calva no topo da cabeça, chamada de córtex".

No consultório, o paciente pode receber orientação para usar medicamento tópico ou oral. Os tópicos, de acordo com o doutor Bedin, são o monoxidil e o 17 alfa estradiol. "Ambos têm uma atuação limitada, pois não conseguem ser absorvidos totalmente pelo couro cabeludo. Por outro lado, não apresentam efeitos colaterais, a não ser o inconveniente de terem de ser usados todos os dias. Já os orais são a finasterida e a serenoa repens", explica.

O primeiro é bloqueador de uma enzima que transforma o hormônio testosterona em dihidrotestosterona (DHT), que é a substância responsável pela miniaturização dos fios. O segundo é fitoterápico, extraído de uma palmeira encontrada na América Central e também têm a mesma função. "Ambos podem diminuir a libido em alguns homens", avisa Bedin.


POR QUE HÁ MAIS HOMENS CALVOS DO QUE MULHERES

No dia-a-dia, é muito mais comum ver homens calvos do que mulheres. "95% dos calvos são homens e 5% mulheres", afirma Bedin. Os homens têm maior tendência à calvície pois têm mais andrógenos (hormônios masculinos) do que a ala feminina.

Nas mulheres, a calvície se caracteriza pela rarefação no topo da cabeça e não nas entradas, como nos homens. "Se pudermos olhar estas mulheres por cima, poderemos ver a forma de uma árvore de Natal no couro cabeludo", explica Bedin.

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